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Cobrar taxa de cartão do cliente: entenda como funciona e se é permitido

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De uns tempos para cá, muitos varejistas começaram a se questionar se cobrar taxa de cartão do cliente é algo positivo. Isso porque, recentemente, houve uma mudança na legislação, o que deixou alguns empreendedores e até consumidores com a pulga atrás da orelha.

Mas, afinal, estamos falando de uma prática legal? Essa é uma estratégia vantajosa? E como fica o direito do consumidor?

Para saber as respostas para essas e outras perguntas, continue na leitura deste artigo e tire todas as suas dúvidas sobre o tema.

Posso cobrar taxa de cartão do cliente?

A chamada taxa de intercâmbio, porcentagem cobrada em operações feitas com o cartão, costuma ser uma dor de cabeça para os varejistas.

Ainda que não represente um custo elevado, algo entre 1% e 4% do valor da transação, imagine esse montante ao final de um mês, com um volume alto de vendas em que o cartão foi a principal forma de pagamento.

Em uma aquisição no valor de R$ 100,00, por exemplo, a taxa ficaria entre R$ 1,00 e R$ 4,00. Multiplicado por 100 vezes, o que parecia uma quantia irrisória começa a ter um impacto significativo no fluxo de caixa.

No entanto, desde 2017, essa história mudou um pouco, graças a uma Medida Provisória assinada pelo ex-presidente da República Michel Temer.

O que diz a legislação?

Segundo o novo texto, que entrou em vigor em 26 de junho de 2017 na forma da Lei Nº 13.455, passou a ser permitida a diferenciação de preços em produtos e serviços em função do prazo e dos meios de pagamento utilizados.

Ou seja, mercadorias pagas à vista podem ter um valor diferenciado em relação às compradas a prazo, assim como os pagamentos feitos em dinheiro em relação aos realizados via cartão.

Cabe ao comerciante, no entanto, informar de maneira clara os eventuais descontos ou acréscimos aos clientes.

Essa alteração abriu brecha para que os empreendedores adicionem as taxas de cartão ao valor final do produto em transações realizadas por esse meio de pagamento. Uma medida que, até então, o Código de Direitos do Consumidor (CDC) não permitia.

A inclusão da taxa de intercâmbio, bem como as demais diferenciações de preços por prazo e forma de pagamento, é de escolha do proprietário do estabelecimento. Porém, agora, ele está amparado legalmente para tomar a decisão.

Por que cobrar taxa de cartão?

A escolha por cobrar a taxa de cartão do cliente precisa ser estratégica.

O comerciante deve avaliar e colocar na balança a seguinte situação: a porcentagem referente às transações feitas por cartão impacta o orçamento a ponto de ser melhor cobrá-la dos clientes e arcar com eventuais insatisfações dos consumidores ou, então, queda nas vendas?

Essa é uma reflexão importante de se fazer, pois, muitas vezes, o cartão nem é o meio de pagamento mais utilizado pelos seus clientes. Então, a influência não seria tão marcante assim e, talvez, não compense um desgaste com o seu público.

Agora, se a taxa de intercâmbio representa de fato uma parcela significante do seu orçamento, agregá-la ao valor final da transação pode ser interessante, desde que bem explicada aos clientes.

Como economizar com a taxa de cartão?

Se você está na dúvida, saiba que cobrar taxa de cartão do cliente não é a única maneira de economizar com o pagamento da tarifa por transação. Separamos outras dicas que podem ajudar. Confira.

Entenda o custo das operações com cartão

Previsão orçamentária é tudo em um negócio. Isso significa ter uma noção clara das movimentações financeiras da empresa e projetar o saldo dessas transações. Para ter um controle mais próximo do seu fluxo de caixa, no entanto, é preciso entender o custo das operações com cartão.

Afinal, além da taxa de intercâmbio, outras tarifas como juros por antecipação de venda e o aluguel da maquininha também devem ser consideradas em seu cálculo.

Tenha cuidado no fechamento do caixa

Outra dica para economizar na taxa de cartão é ter todo o cuidado na hora de fechar o caixa. Ao final do expediente, reserve um tempo considerável para essa tarefa, sobretudo para realizar a conciliação de cartões.

Essa medida é importante porque, muitas vezes, a compensação de uma compra feita com cartão não é automática. Estornos e falhas operacionais podem acontecer na hora de realizar o lançamento,e isso certamente vai impactar a administração dos seus recebimentos.

Portanto, é fundamental contar com um software de Transferência Eletrônica de Fundo (TEF) que automatize esses processos.

Compare e negocie as taxas cobradas no mercado

A difusão do setor de cartões fez com que se investisse muito na área. Não à toa, o serviço é oferecido por diferentes operadoras. Esse livre mercado permite ao comerciante comparar e negociar os valores praticados pelas administradoras.

Por exemplo, existem máquinas de cartão que oferecem tarifa zero no aluguel do aparelho por determinado período, ao passo que outras têm taxas de intercâmbio abaixo da média.

Por falar em comparar, que tal analisar os prós e os contras dos diferentes cartões de crédito? Isso é possível por meio do site Cartões.

Lá, você encontra uma listagem com inúmeros cartões disponíveis no mercado e suas características. Acesse agora mesmo e tome uma decisão mais segura!

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