O IOF (Imposto sobre operações financeiras) é muito comum em nossa rotina —está na fatura do cartão de crédito, na compra de moeda estrangeira, nas viagens, nos investimentos e em vários outras operações financeiras.
Mas, o que é IOF? Neste artigo, vamos mostrar quando ele é cobrado e quanto você paga por ele. Confira abaixo!
O que é IOF?
Como diz a sigla, o Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal que, segundo o decreto nº 6.306 de 2007, incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.
O IOF foi criado para ser um imposto regulatório da economia, já que cobra uma porcentagem de todas as as transações financeiras. Assim, a Receita Federal pode acompanhar onde está a oferta e a demanda de crédito no país.
Por ser cobrado tanto de pessoas físicas quanto de jurídicas, este é um tributo comum em nosso cotidiano. Mas como ele pode impactar suas finanças?
Para chegar a essa resposta, é preciso entender quando ele é cobrado e quais taxas incidem em cada transação. Fique tranquilo, vamos te ajudar com isso.
Quando é cobrado e quais são as taxas?
Como você viu, o IOF é cobrado toda vez que ocorre uma operação financeira.u seja, quando existe a entrega de um valor ou de um ativo para outra parte.
Em termos práticos, é assim que o IOF costuma aparecer no seu dia a dia:
- Compras internacionais no cartão de crédito;
- Cheque especial e crédito rotativo;
- Resgate de investimentos;
- Empréstimos e financiamentos;
- Compra de moeda estrangeira;
- Seguros.
Portanto, a cobrança do tributo faz parte de muitas operações que você realiza em seu cotidiano. E em cada uma delas, o IOF tem aplicação e alíquotas diferentes, específicas para cada situação e valor.
Quer entender como funciona em cada caso? Vamos descobrir em seguida.
Compras internacionais no cartão de crédito
O IOF será cobrado sempre que você usar o cartão de crédito para fazer compras fora do território nacional. A regra também vale para compras realizadas no Brasil em sites internacionais, por exemplo.
Para cada compra realizada no exterior, é cobrado 6,38% de IOF sobre o valor total do pedido. O imposto aparece na próxima fatura, mesmo no pagamento à vista.
Então, já sabe: e viajar ao exterior, use o cartão de crédito apenas para emergências ou a fatura pode vir bem alta no próximo mês.
Existe ainda uma outra possibilidade da cobrança de IOF, mesmo sem compras no exterior: quando você não paga o valor total da fatura — ou paga o mínimo, por exemplo — e cai no crédito rotativo. Falamos melhor dele abaixo.
Crédito rotativo e cheque especial
Se você pagar a fatura em atraso ou não pagar a cobrança r total, e assim usar o crédito rotativo do cartão de crédito, será cobrado um IOF de 0,38% sobre o valor em atraso ou sobre o montante que deixou de pagar.
Além disso, até conseguir quitar o valor total, incidirá o acréscimo de 0,0082% ao dia.
Já para o cheque especial, aquele limite de crédito disponível na conta corrente, o cliente pagará 0,38% sobre o valor usado e mais 0,0082% por dia até a quitação do débito
Empréstimos e financiamentos
Como no cartão de crédito, a taxa de IOF cobrado em empréstimos e financiamentos é também de 0,38% sobre o valor total do débito, mais 0,0082% ao dia, calculada de acordo com o prazo de pagamento.
A regra só é diferente para o financiamento de imóveis residenciais, que é isento de IOF.
Em todos os casos citados — cartão de crédito, rotativo, cheque especial, empréstimos e financiamentos — a taxa diária acumulada não pode exceder o teto de 3% ao ano.
Investimentos
Aqui, a regra de aplicação depende do tipo de investimento. Para CDBs (Certificados de Depósito Bancário), Títulos do Tesouro Direto, Fundos DI, Fundos de curto prazo e LCs (Letras de Câmbio), a taxa de IOF varia de acordo com o tempo em que o dinheiro ficou aplicado e rendendo
Portanto, o tributo será pago no resgate do investimento, podendo variar de 0 a 96% dele. Quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor o IOF cobrado. E o imposto incide sobre o valor total do rendimento, não sobre o investido.
Para títulos mobiliários, o IOF é cobrado com base no valor nominal do título, com uma alíquota de 1,5% ao dia.
As LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio) e a poupança são isentas da cobrança do imposto, independentemente do prazo de resgate.
Compra de moeda estrangeira
Nas operações de câmbio, há alíquotas diferentes para compra e venda de moeda em espécie.
Para compra, a taxa de IOF é de 1,1%. Já para a venda de moeda, a alíquota é de 0,38%, mesmo valor para recebimento de remessas do exterior.
Seguros
Para os seguros, a cobrança de IOF também varia. Se for um seguro de vida e de acidentes pessoais, o valor do imposto fica em 0,38% sobre o prêmio. Para seguros de veículos, a alíquota chega a 7,38%.
Para outros tipos de seguros, o valor do IOF pode chegar a 25%, sendo esse o teto da alíquota.
Como calcular o IOF?
Como vimos, o valor incidente do IOF varia a cada tipo de operação. Então, para calcular quanto imposto você pagará, basta consultar o valor da alíquota para aquela operação e multiplicá-la pelo valor total da sua transação.
Por exemplo,você fez uma compra internacional no cartão de crédito no valor de R$ 1 mil. Neste caso, a alíquota a ser aplicada, segundo a tabela do IOF, é de 6,38%. Então, é só multiplicar os dois valores.
A conta é bem simples:
R$ 1 mil (valor da operação) x 0,0638 (alíquota IOF) = R$ 63,80
Portanto, o valor que virá na sua fatura para esta compra será de R$ 1.063,80. Esse é o valor da compra, mais o IOF já aplicado.
Agora que você já sabe o que é IOF e como calcular a taxa nas suas transações, continue sua leitura em nosso site e confira também como escolher o cartão de crédito ideal para seu perfil.